Neste depoimento especial para o blog do IEL, Fernando Neubarth divide com os leitores algumas experiências e emoções relacionadas ao lançamento de seu primeiro livro de contos.
O fato de ter sido selecionado e premiado com a publicação do meu primeiro livro de contos pelo Instituto Estadual do Livro, em 1993, foi apenas a primeira das sortes grandes. O lançamento de Olhos de guia na Feira do Livro; a conquista na primeira edição do troféu Açorianos, na categoria de livro de contos e autor revelação; o prêmio Henrique Bertaso, no mesmo ano; e, em única edição, a participação no projeto Autor Presente, quando aprendi a reconhecer o fantástico trabalho que faz o ensino pela literatura, na força da dedicação de professores e no interesse dos alunos nos mais recônditos rincões do nosso estado, foram outras sortes agregadas. Mais tarde, a leitura de contos, em programas de rádio e em saraus promovidos pela casa e uma, pelo menos para o autor, inesquecível dramatização de Dondorlei e o cometa, de À sombra das tílias, com direito a cucas e linguiças especialmente trazidas de Taquara pelo grupo de teatro, proporcionaram momentos com sabor de epifania. Isso tudo, somado à convivência; à construção de amizades, muitas delas com quem também escreve e a quem já admirava ou que encontrei aos poucos, à medida que a escrita e o tempo foram traçando novas linhas e caprichosos laços; permitem um justo e certo reconhecimento ao IEL como incentivador de uma carreira literária. Se mais não houve, não foi por falta desse bom padrinho.
Fernando Neubarth, em
depoimento a Laís Chaffe; junho de 2011
depoimento a Laís Chaffe; junho de 2011
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