12.7.11

POEMAS DO ACERVO

ÚLTIMA VIAGEM

INFORMAÇÕES DO LIVRO

JOSÉ EDUARDO DEGRAZIA


Como os veleiros que abandonam furtivamente
os portos quando a madrugada se aproxima,
e seguem envoltos em bruma para mares distantes,
partirei um dia para ter a lugar nenhum.
Serei guiado por gritos de naufrágios e estrelas errantes,
atravessarei tormentas e passarei ao largo das
ilhas e cidades que me acenarão com suas músicas e luminárias.
Seguirei em frente, olhando o mar sem horizontes,
até o meu completo naufrágio.


Poema do livro Cidade submersa (IEL/Movimento, 1979, 112p)