INFORMAÇÕES DO LIVRO |
JOSÉ EDUARDO DEGRAZIA
Como os veleiros que abandonam furtivamente
os portos quando a madrugada se aproxima,
e seguem envoltos em bruma para mares distantes,
partirei um dia para ter a lugar nenhum.
Serei guiado por gritos de naufrágios e estrelas errantes,
atravessarei tormentas e passarei ao largo das
ilhas e cidades que me acenarão com suas músicas e luminárias.
Seguirei em frente, olhando o mar sem horizontes,
até o meu completo naufrágio.
Poema do livro Cidade submersa (IEL/Movimento, 1979, 112p)