14.10.15

Siesta
José Weis



Árdua é a vida de um fauno
sem a poesia de Mallarmé
sem a música de Debussy
e nem uma ninfa sequer
o sono nem é tão ruim,
o sonho nem tanto assim.
Urbano, um fauno fica igual
a um humano qualquer
difícil fica seu repouso
sem uma relva macia
sem um riacho cristalino
e nem uma sombra de dúvida.

Do livro Lenhador de samambaias (IEL / Corag, 2012)