6.1.14

O cervo
Virgilio López Lemus - Traduzido por Sidnei Schneider

O cervo
Sidnei Schneider
Fotografia: Leonardo Brasiliense

Mergulhar em tua beleza
tão fundo, tão em ti
que eu pereça em tua carícia,
que nem a água dos meus olhos
ou o silêncio mesmo
sejam mais que tua pele.

Solitude, milagre de teu rosto,
em ti se adverte o cervo
que dormita no claro do bosque
e de pronto se perde entre a erva.

Que mais quisera eu: ser esse cervo,
entrar em tua pele como em um bosque
e escutar o silêncio do amor.


Texto original:

El Ciervo

Hundirme en tu belleza
tan hondo, tan en ti
que yo perezca en tu caricia,
que ni el agua de mis ojos
o el silencio mismo
sean más que tu piel.

Soledad, milagro de tu frente,
en ti se advierte el ciervo
que dormita en el claro del bosque
y de pronto se pierde entre la yerba.

Qué más quisiera yo: ser ese ciervo,
entrar en tu piel como en un bosque
y escuchar el silencio del amor.