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só uma se mostra. Mas
sem grito.
Conciliados se encontram
rosto e dor.
É uma pedra lisa e fria
o silêncio de meu rosto.
Nem no retrato de ontem -
- corroído pelo tempo -
nem no de agora - tão triste! -
o grito transpõe a face.
Costurados em silêncio,
dor e rosto se confundem.
São como musgo na pedra,
como a espada na bainha,
como a semente na flor.
Não sei se a dor vem do rosto,
ou o rosto vem da dor!
(IEL / Movimento, 1998)