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Há em mim uma clara ressonância
de despedida.
Mas não devo saber,
nem é preciso saber.
Creio que vim
para dizer um dia
na cara do mundo:
hoje estou me despedindo.
E as criaturas boas do meu sangue
abririam a boca
que lhes cortasse o ímpeto inexpresso.
Claro que estou me despedindo.
Hoje sou mais criança do que nunca.
Do livro A hora evarista (IEL / Movimento, 1974)