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Lanterna verde
(amêndoa fosforescente
dentro da casca carbonizada.)
Longitudinal, centrífugo,
o trem racha em duas metades
a espessura do escuro
e, cuspindo pela boca da chaminé
as estrelas inúteis à propulsão,
atira-se desenfreado
nos trilhos livres.
Mas se o maquinista fosse daltônico
a locomotiva teria parado.
Do livro Felippe D'Oliveira: Obra completa (IEL/UFSM, 1990).
Poema publicado originalmente em Lanterna Verde (1926).