15.7.11

POEMAS DO ACERVO

TRANSITÓRIO 

 
Capa: Waldeny Elias

INFORMAÇÕES
LUIZ DE MIRANDA

Amanheço com a chuva
dos anos na memória
e nada exaure mais
que este gosto de sal

E quanto queria
amanhecer longe
destes páramos
a perder com justeza
e sorrir com a vida
mas nada transporta
                 ou redime
os amigos mortos

A vida dói na alma
como uma tina de fel
e guardamos o segredo
de continuar vivos
para incrível surpresa
dos que comandam a vida




             Poema do livro Memorial
(IEL/Edições A Nação, 1973, 85p)