30.6.16

Razão
Oliveira Silveira

I


Atentemos
à sucessão das vozes desferidas
e ao desfilar dos ecos pelos cerros.

Lapidemos também nossa garganta.
Não podemos calar se temos voz
nem devemos furtar-nos
ao eco depurador.

II

Verguemos nossos galhos.

Não podemos abster-nos da seiva
se temos o privilégio
da frutificação.




Do livro Oliveira Silveira: obra reunida (IEL / Corag, 2012)