Toda a poesia do poema
não vale a outra – a verdadeira.
A que não consegue transpor
a face fria, que ficou ignorada.
A que não pode ser desprendimento,
mas apenas subir como perfume...
As palavras estão gastas
e sem cor. As palavras
são suspiros ritmados,
benevolentes fantasmas
bem vestidos.
A verdadeira poesia – a invisível,
toca de leve a fímbria
dos meus versos. Mas permanece
intacta no seu mundo.
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A que não consegue transpor
a face fria, que ficou ignorada.
A que não pode ser desprendimento,
mas apenas subir como perfume...
As palavras estão gastas
e sem cor. As palavras
são suspiros ritmados,
benevolentes fantasmas
bem vestidos.
A verdadeira poesia – a invisível,
toca de leve a fímbria
dos meus versos. Mas permanece
intacta no seu mundo.
Do livro Lila Ripoll: obra completa
(IEL/Movimento, org. Alice Campos Moreira, 1998)