Não penses que este silêncio
é simples ausência de vozes,
há espanto de flor nascendo,
abismo de pássaro noturno
riscando o espelho furtivo da memória.
(O silêncio é semente de algo mais antigo).
No silêncio tua vivência adelgaça
uma realidade de fruto.
Não penses que este silêncio
é simples ausência de vozes.
é simples ausência de vozes,
há espanto de flor nascendo,
abismo de pássaro noturno
riscando o espelho furtivo da memória.
(O silêncio é semente de algo mais antigo).
No silêncio tua vivência adelgaça
uma realidade de fruto.
Não penses que este silêncio
é simples ausência de vozes.
Do livro Cidade submersa (IEL/Movimento, 1979)