Walmor Santos lê um trecho de seu conto "Veio d'água", publicado na antologia Contos do novo milênio (IEL/Corag, 2006) no quadro Momento IEL do programa Tons & Letras (Rádio FM Cultura 107.7). Áudio veiculado em 23/08/2014.
O Programa Tons & Letras vai ao ar todos os sábados às 11h.
"Sede - A água fresca se derrama pelo pescoço removendo por fora o pó que já removera por dentro, refrescante, abrindo-lhe um sulco com sabor de vida. A água penetra-lhe pela gola do vestido, desce ao peito onde os botões florejam, sentem, arrepiam-se como se a terra se abrisse para o renovo dos verdes. E o fio d'água leva pela barriga um sabor de sombra, de fruta madura, de água do riacho, de madrugadas úmidas e quentes, de noites de sonhos bons. Ultrapasse-lhe a cintura, misturando-se com os suores oriundos dos poucos pelos que já se encrespam entre as pernas, perpassando o delicioso frio que todo o corpo sente, arrepia-se, obrigando-a a se contorcer, a dizer ui e ver o quanto o menino brilha e sorri feito um homem bonito."
"Sede - A água fresca se derrama pelo pescoço removendo por fora o pó que já removera por dentro, refrescante, abrindo-lhe um sulco com sabor de vida. A água penetra-lhe pela gola do vestido, desce ao peito onde os botões florejam, sentem, arrepiam-se como se a terra se abrisse para o renovo dos verdes. E o fio d'água leva pela barriga um sabor de sombra, de fruta madura, de água do riacho, de madrugadas úmidas e quentes, de noites de sonhos bons. Ultrapasse-lhe a cintura, misturando-se com os suores oriundos dos poucos pelos que já se encrespam entre as pernas, perpassando o delicioso frio que todo o corpo sente, arrepia-se, obrigando-a a se contorcer, a dizer ui e ver o quanto o menino brilha e sorri feito um homem bonito."
