17.3.14

Artesão
Marlon de Almeida

Talhar a carne como se
o verso no espeto de ferro.
Girá-la conforme a palavra se dobre. 
São duas,
a palavra e a carne.
Cozer, não de súbita cava, mas calma
até que se forje na brasa não mais do que uma
palavracarne.





Poema publicado no livro Sabor que conta (IEL, 2013)