(Tradução: José Eduardo Degrazia)
Feliz aquele que vive num país adormecido
junto a um lago ou junto ao mar,
sobre um rio quietíssimo,
à beira de um vale
onde não se escuta o troar das revoluções
nem o cântico da cidade.
Feliz de quem planta árvores e colhe frutas,
cultiva tanto a luz quanto a sombra
e não se compraz de si, nem aspira a ser outro,
mas apenas a morrer tranquilamente...
Viver na paz do nada. Como se fosse um morto
que não espera retornar.
Do livro Cadernos de otredad (2013, IEL, edição e-book)