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Eu sou idêntico à razão constante
Na progressão geométrica do nada.
Mas a numeração ilimitada
Seria tão pequena e redundante,
Se não contassem zeros adiante,
Na operação primária da tabuada.
Talvez eu seja o zero desprezível,
O zero solto, o zero irreversível,
O oposto do valor com que me assombro.
No entanto, eu sou a base da potência
Que tem o grau na altura da consciência,
Um expoente acima do meu ombro.
Do livro LUA Ó (IEL / Movimento, 1983)