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| INFORMAÇÕES DO LIVRO |
passagens de solidão
para solidão.
Signos silentes
resvalam
para o nada
e a espuma
que nunca é a mesma
na mesmice branca.
Viagem de ausentes passageiros
que mastigam realidades
entre fardos de sonho,
a boca dura de sal,
amordaçada em vento.
O naufrágio inevitável
roça na memória deslembrada
quando pássaros sem asas
despontam na linha do tempo.
Do livro Profetas do cimento (IEL/Movimento, 1983)
