11.4.12

Laço
Armando Freitas Filho

O que não sei de onde veio
vem do meu pai, do pai dele
do silêncio de um, próximo
superposto ao do outro, longe.
Silêncio de retrato antigo
ouvido por quem não o conheceu
a não ser vazado através
do filho que me fez de carne
e chega ao neto, ao filho
do seu filho, e a meu filho.


Poema do livro Lar, menção honrosa na primeira edição do Prêmio Moacyr Scliar de Literatura - Poesia/2011 (Cia. das Letras, 133p.).


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