12.5.11

POEMAS DO ACERVO

TEMPO

CESAR PEREIRA
 

Pés de concreto
esmagam
as rosas da manhã

O viaduto
arco-íris de cimento
e sua indiferença

Mãos calosas
erguem arranha-céus
onde o tempo
escorre
pelas vidraças
áspero
escravizante




Do livro Porta de emergência
(IEL, Coleção Nova Literatura, 1989,101p)

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