I
O canto é uma fome, como a infância
II
O dia é a sabedoria do sol
E cada amanhecer tem uma voz
No escuro existem coisas
Que não dormem
III
Cresci como nunca
Em carne, ossos e loucura
E continuarei a crescer, sem dono
E milagrosamente, como as plantas
O canto é uma fome, como a infância
II
O dia é a sabedoria do sol
E cada amanhecer tem uma voz
No escuro existem coisas
Que não dormem
III
Cresci como nunca
Em carne, ossos e loucura
E continuarei a crescer, sem dono
E milagrosamente, como as plantas
NEI DUCLÓS
Poema do livro Outubro
(IEL, 1975, 87p)